Nas praias do noroeste da Espanha, o jovem americano Jason (Mike Vogel) passa seus dias com seus colegas surfistas e com a misteriosa Erica (Eliza Dushku), por quem está apaixonado. Uma noite durante uma festa, Jason aparece com um estranho jogo antigo, chamado Mamba, cujo tabuleiro foi feito do corpo desidratado de uma bruxa esfolada viva em 1489 durante a Inquisição.
Jogo Macabro é um terror genérico que possui nada de interessante. O que podia ser legal ele não explora e tanto seus personagens quanto sua mitologia são fracos, desinteressantes e, até certo ponto, desconexos.
Tive certa relutância em assistir a esse filme por conta de sua sinopse. É um conceito estranho de se assimilar, afinal, partes de um corpo esquartejado não incorrem em um jogo. A parte do desejo a ser realizado me interessava, e, no fim, apenas perdi meu tempo.
Jogo Macabro possui um grupo de jovens amigos completamente genérico, descartável e insípido. Nada neles chega perto de ser interessante, seu desenvolvimento é nulo e alguns momentos do filme são patéticos. É uma bizarrice pior que a outra e nunca o enredo convence ou entrega o que o espectador quer.
E o que o espectador quer? Um jogo com causas e consequências. Toda a dinâmica do jogo é rápida e limitada, como se o modo de operar dele não fosse relevante, e de fato não o é. Duas boas evidências de como usar bem esse conceito são os filmes Jumanji e Zathura, os quais, na minha memória, são obras-primas.
O jogo é chato, mal explorado e a forma de vencer é absurdamente óbvia. O ex-cadeirante disse que precisava passar o jogo para frente para que o desejo se realizasse e o policial queria o jogo. Não era óbvio que nada seria mais perfeito do que essa combinação? Inexplicavelmente, o protagonista quis não entregar o jogo e, pior ainda, fez um pedido burro.
Pessoas sob pressão podem fazer coisas estúpidas, mas ele tinha garantia de êxito e fora aconselhado a tomar cuidado com seu desejo. Claro que ele não tomou cuidado, fez um pedido genérico e prendeu a si e seus amigos num loop temporal. Gosto de saídas desse tipo, mas é tudo fraco demais no filme para que isso seja bom. E vamos às mortes.
O homem das cobras devia ter corrido em vez de subir nos troncos daquele jeito. Ele não demonstrou estar impossibilitado de correr, então não faz sentido escalar as madeiras tão perigosamente.
A mulher envelhecida eu achei interessante, mas não queria dizer nada diante do enredo. Foi só qualquer coisa, como, basicamente, tudo em Jogo Macabro.
A dos caranguejos provavelmente foi a melhor cena do filme. Bem angustiante.
E a cena do carro capotando foi a pior que eu já vi na vida, fora que a mulher devia ter percebido antes que tinha um caminhão enorme bloqueando a pista (caminhão tal que ficou lá parado sem motivo).
Jogo Macabro é tão ruim que nem sei por qual motivo estou gastando tempo escrevendo sobre ele. Não assistam.
Deixe suas dúvidas, críticas ou sugestões nos comentários. Siga o Blog do Kira por e-mail e não perca os próximos posts. Acesse o Podcast do Kira, um canal com versões em áudio de alguns textos daqui e conteúdos inéditos.
O filme é ótimo, melhor que Ouija. Vocês que são uns cisão que não tem bom gosto por filmes.
CurtirCurtido por 1 pessoa